sexta-feira, 20 de janeiro de 2006

Oh, Dilema



Voto Cavaco, voto na secura do número, da conta, da margem, da macro, do orçamento, da percentagem, da quota, da norma, do relatório, do dossier, do caderno, da directiva, do memorando, do PIB, do NEC, da PAC, do PIC, do BROT, da BIP, do LEP, da NUC.
Voto Alegre, voto na chinfrineira do tempo que acabou há tanto tempo, no abraço fraterno, na excitaria do proibido, em Argel, na estroinada porreirista-elitista disfarçada de rosa, no Ary, na Natália, nos amanhãs que nunca cantaram, na palha grandiloquente e oca, na cidadania, na ética republicana (deves), na garantia do que temos há muito garantido.
Voto Soares, voto na cartilha romântico-falaciosa de toda uma geração da esquerda europeia-humanista que nos foi muito útil quando teve de ser... mas que está morta e definitivamente enterrada desde que a luminária Miterrand baixou à terra, há dez anos. E depois não consigo esquecer que Miterrã era, afinal, um velhaco pérfido, calculista e narcisista. Pior ainda: um mentiroso de merde.
Voto Jerónimo para quê?
Voto Louçã para quê?

Francisco Sá Carneiro, por favor ajuda-me. Tu és como o Elvis. Dá-me um sinal.

Camillo Alves

2 comentários:

Anónimo disse...

Entre a secura do número e a chinfrineira do tempo ou a velha cartilha europeio-humanista debotada, meu caro Camillo, está bom de ver... Se é Cavaco quem primeiro invade teus sensíveis neurónios... é pois nele que deves votar. Vai irmão, por Boliqueime, nem que se queime... também a mim me queimaram... Xoda-se! Mééééé

Anónimo disse...

gostei dos insultos ao Miterrand. O homem era um grande manipulador. está aí um filme que o confirma