sexta-feira, 30 de março de 2007

A Primavera no albúm de Gastão Ramires!




















Com o Mabor por perto a coisa fia logo mais fino. Conheço poucos militares tão hábeis no manejo do dichote como ele. Que sejas bem reaparecido ó Mabor, ó Maborzinho, ó Maborzão - ó Marborzalhão!
Ainda ontem ali para o Dafundo comentava com o Gastão Ramires, a propósito do nosso Lacerda, que a Primavera já começou e pardais nem vê-los ao ninho. Que o Lacerda anda por aí a viajar-se é tão certo como o regresso do pardalão Mabor. Mas as andorinhas, ó Gastãozinho!, que é feito das putas das andorinhas?, perguntei eu.
- Espera aí que eu já te dou a passarada - respondeu o Ramires. Arrotou pesadamente, içou-se da poltrona e foi à estante.
Não é que o velho bode trouxe de volta um albúm cheio de fotografias prestimosas de amigas e conhecidas dele, moças temperadas e educadíssimas oferecendo suas gloriosas bem-aventuranças à epopeia Primaveril... Coisa de ressuscitar três Lázaros de uma penada!
E algumas fotos até tinham dedicatória ao Gastão de fino recorte literário. «Toma lá a Primavera, ó Palma!, se quiseres leva o calhamaço e publica algumas no jornalinho da vossa rapaziada», ofereceu o Gastão.
Pois quem sou eu para lhe recusar o pedido. Não é tarde nem é cedo. Ás amigas, então!

Com estimação reconhecida,

Palma Cavalão

quinta-feira, 29 de março de 2007

Ainda a Ota (a dar bOta...)

Eis-me regressado após uma longa e arriscada comissão na boa e velha África nossa, mas ainda com tempo para uns tiros às alimárias autóctones com a soldadesca para as bandas da Rodésia, da Swazilândia e do Tanganica.
Eis-me pois de volta ao torrão pátrio e logo para dar de caras com a questão do novo aeroporto, coisa elevada, por certo, mas que me trouxe à memória tempos idos. Fui consultar os álbuns de recortes, missivas e apontamentos antigos e não é que no item O, de Ota e quejandos, encontrei muitas e variegadas referências a nomes sonantes dos tempos de Bad Münstereifel e de Alenquer. Tirei-me de cuidados e telefonei para o Morais e Cunha. Este velho camarada de armas disse-me logo: "Ó Mabor, aquilo eram terrenos que o Teófilo ganhava em tribunal à maltinha que, por avarias várias, se metia em encrencas. O tipo como era advogado, zás!!, filava aquilo em três tempos..." O Teófilo?, disse-lhe eu. "Sim, esse mesmo, meu velho!", asseverou o Cunha, que acrescentou: "Pois, bom Mabor, aquilo depois passou para as mãos dos outros compagnons de route, como se sabe".

Bom, a coisa esclarecia-se. Não contente e movido pela inquietação, telefonei para um velho amigo do Colégio Militar, o Andrada, hoje bem instalado na vida, administrador num private bank que me tranquilizou: "Olha Mabor, não te rales que não corres riscos de ventos laterais ao aterrar na Ota. Aquilo vai ser assim: o estado compra os terrenos a quem os tem, paga-os e depois chega à conclusão que construir ali aeroporto dá bOta..., percebes? Bom, quando vamos ao Grémio para tomar um malte e comer uma perdiz, meu velho?". Lá iremos, bom Andrada, lá iremos, disse-lhe.

do vosso
Mabor, General de Cavaleria

1º teste do aeroporto da Ota!

O "Restaurador" obteve em rigoroso exclusivo as imagens dos primeiros ensaios da pista principal do novo aeroporto da Ota!

Ao contrário do bestial ministro Mário Lino que decidiu construir um aeroporto sem antes lhe ter chegado às oleosas patas o conhecimento absoluto e preciso das condições para a sua construção ou não, aqui no "Restaurador" estamos atentos ao que se passa e também ao invés do Governo não escondemos dos nossos frequentadores a informação disponível.

Ex toto corde
O Preto da Casa Africana

quarta-feira, 28 de março de 2007

José Sócrates afinal sabe ler!!!


A maledicência é um dos grandes defeitos de Portugal. Desta feita foi o Engenheiríssimo José Sócrateso o alvo da língua bífida do pérfido povo que de forma soez rosnava pelas tabernas que o pobre rapaz nem ler sabia. Mas não é assim e a verdade é como o azeite: vem sempre ao de cima*.

Em comunicado oficioso a direcção, ou seja, o Reitor Arruda e o vice-Reitor Verde**, da internacionalmente prestigiada Universidade Independente, garante que o ex-aluno Pinto de Sousa da reputada instituição sabe ler, escrever o seu próprio nome (pelo menos o nome próprio pois ainda não aprendeu o apelido) e contar até 10 e que vão mesmo atestar com reconhecido diploma que o coitado fez mesmo a 4ªclasse, ficando assim habilitado a ser engenheiro.
O Prof. Verde afirmou que só na lição Nº17 da Cartilha Maternal de João de Deus é que o menino mostrou alguma dificuldade:
- O Sousa embirrou, olhe como fez com a co-inceneração e agora com a porra da Ota, com a frase "Ó Pedro, que é do livro...", sabe? Desconfio que fosse o outro, o Santana Lopes, do tempo em que atiravam larachas um ao outro na TV, mas não tenho a certeza...

Fiquemos felizes por saber que o nosso dirigente afinal não é o ígnaro que muita gente supunha ser e, ao contrário, é homem de grande cultura e de elevado padrão intelectual.
Quem está com ele entalado, com o diploma entenda-se, é o Mariano Gago que para não foder esta merda toda vai ter de reconhecer a altíssima capacidade cíentifica da puta da escola e todas as moscambilhas que por lá se passavam ou então o 1ºministro e o seu amigo Armando Vara saiem do Quadro de Honra por mérito próprio.

Nós bem sabemos que não há rapazes maus, só vigaristas.

Um abraço académico do Vosso
Padre Américo

* Que raio de ditado, fosca-se!
**Não se sabe ao certo se o honesto Verde ainda se encontra nos calabouços da Polícia Judiciária, onde pareceu ser bem recebido por suspeitas de crimes vários, incluindo o de tráfico de diamantes...

domingo, 25 de março de 2007

Santana Lopes regressa com novo show!!!



O conhecido ilusionista Santana Lopes montou um novo e fantástico espectáculo que, apesar da qualidade do mago, se prevê ser mais um fracasso de bilheteira. O espectáculo vai estrear no Palácio de São Bento e o artista tentará demonstrar a possibilidade do regresso dos túmulos bem como a existência dos muito justamente temidos "Mortos-vivos".

O Sr. Barata Ferreira, contínuo aposentado da sede nacional do PSD, revelou a troco de um pote de graxa que o famoso Santana em atitude egocêntrica se inspirou na sua própria vida ( e morte) para provar a sua extravagante teoria. Para tal cometimento Santana conta com a prestimosa colaboração do anão Marques Mendes que em tempo real se deixará esfaquear pelas costas.
O espectáculo, assente em efeitos artísticos nunca antes presenciados, terá como chamariz adicional um brilhante corpo de baile - as "Santanettes" - patrocinado pela Corporación Dermosestetica.

Ansioso por assistir a mais este show daquele que foi por muitos considerado o "enfant terrible" do circo português, daqui lanço os votos habituais do showbizz para um bom desempenho e melhor sorte:

"MERDA!"

Tawny de Mattos

quinta-feira, 22 de março de 2007

Grande piano na Gulbenkian


Andar sempre a dizer que em Lisboa não se passa nada começa a ser estilo. Para além das barracadas da Câmara Municipal e das manifs contra o governo, vai havendo música e da boa. Isto apesar do Mega do CCB acabar com a festança e da existência dos podres poderes do secretário de estado da "Cultura" Vieira de Carvalho. Lembrem-se que o badameco correu miseravelmente com Paolo Pinamonti, o tipo que andou a afinar o São Carlos nos últimos seis anos - vide as produções operáticas como As Valquírias em tela gigante exterior para entreter o pagode e cujo sucesso trouxe os artistas para o largo agradecer aos esfaimados culturais da capital. Enfim, corra-se com o italiano e volte-se para trás 20 anos.
Mas não é para falar deste saloio insignificante que aqui estamos mas sim vos fazer pirraça. Pois foi, o Maurizio Pollini veio dar um recital na Gulbenkian e tive a sorte de ter um bilhetezinho para a 1ª plateia. Que tal,hein?

O gajo está em boa forma e trazia á primeira vista um repertório estranho. Ainda o respeitável público estava a desligar os telemóveis e já do piano vinham as dificuldades sonoras compostas pelo boche Stockausen de quem não posso dizer ser o maior admirador. No entanto Pollini mostrou que em doses moderadas a coisa vai.
De seguida o complexo até porque bipolar Schuman, que alguns dos presentes não conseguiram seguir ouvindo-se até que a execução da Kreisleriana, op.16 parecia de um aluno médio do Conservatório!!! Eu, surdo como Beethoven e de musiqueta percebendo pouco, pareceu-me mais que o encadeamento de tonalidades e diversidade harmónica da Kreisleriana em novas fronteiras formais podem facilmente atrapalhar a apreciação dos mais, digamos, distraídos.
E já que se falou no mouco, foi com a Sonata Nº29 em Si bemol maior, a Hammerklavier que o Maurizio terminou o contratado. A "Hammerklavier" é a mais estranha sonata de quantas o Beethoven se lembrou de compôr, acho eu. Pollini deu-lhe bem mas não o suficiente para fazer esquecer a magnífica interpretação de Emil Gilels para a Deutsche Grammophon, sobretudo no Adagio Sostenuto em que o sacana do russo aguenta o andamento lento com tal largueza e densidade que faz arrepiar os cabelos do peito (a quem tem, é claro).
Foi bom mas acabou-se e de repente percebeu-se que o repertório escolhido para este fim de tarde tinha razão de ser. Esperto o Pollini.

Da enregelante Praça de Espanha enquanto o táxi não vem, aproveito para mandar um abraço
Tawny de Mattos

quarta-feira, 21 de março de 2007

Banho purificador



Estou como a minha tia-avó Ester: não há alma que não se lave de pecados. O que o CDS precisa é de uma boa lavagem. Meia hora na banheira e barrela vigorosa a escovilhão. Para sair o surro todo.

Palma Cavalão

Paulinho de peito feito



O Paulinho foi-se ao congresso de peito feito. Atiçou a criadagem e tentou a manobra. Perigosa. Azarinho. Correu mal. Quem paga é o taxi. Já não há bate-chapas que endireite aquilo.

Palma Cavalão

Ao tiros na Zézinha



PUM!, PUM!, PUM!, tudo aos tiros na Zézinha. O que a pobre da senhora teve de aturar. O que vale é que o CDS é grupelho de gente fina e educada. Fossem eles esquerdalhos sem maneiras e a Zézinha -vos garanto - não escapava a ser despida e açoitada no rabo.

Professor Rakkar

terça-feira, 20 de março de 2007

Tudo ao estalo no CDS / PP


O espectáculo que o Conselho Nacional do CDS/PP ofereceu foi do melhor que se tem visto em Portugal nos últimos anos. Mas, e há sempre um "mas" nisto da alta política, a história do que aconteceu não é a que os incompetentes jornalistas relataram. Barata Ferreira, criado de servir contratado para servir uns acepipes durante a importante reunião contava hoje no Gourmet do Corte Inglès como tudo se passou, ficando aqui assente para a posteridade uma short-version da comédia.

"Ai meninos, aquilo foi um alvoroço. Não queiram saber... Puxões de cabelos, socos e arranhões, insultos e cuspidelas, enfim, um chirivari como não havia desde os tempos das cenas de porrada no Cais do Sodré entre a marujada e os chulos... Era outra coisa... Havia lealdade. Esfaqueavam-se, mas lealmente...
Aquilo tudo começou porque Hélder Amaral, cacique democrata-cristão de Viseu, apalpou o cú da D. Zézinha Nogueira Pinto. Esta queria mais mas o gajo, um senhor diga-se, negou-lhe o favor argumentando que um beirão não apalpa o açafate a tias patetinhas e a partir daí foi o bom e o bonito. A D. Zézinha, senhora de esmerada educação e entrada na menopausa, chamou-lhe preto, o Portas que andava por perto riu-se e chamou-lhe velha zarolha, o Narana Coissoró que estava ás voltas com uma chamussa engasgou-se ao ouvir o insulto, o Pires de Lima para o ajudar na aflição deu-lhe uma palmada nas costas e um pedaço da iguaria saltou-lhe pela boca fora indo acertar no anormalão Mattos Chaves que com o impacto deu uma reflexiva cabeçada no Miguel Repolho e este todo fodido com o que supôs ser um traiçoeiro ataque esbofeteou Telmo Corrêa. O Telmo com a sua habitual fleugma olhou-o friamente e disse para a sua amiga, e ao que consta confidente, "Filho da puta!" e a Dona Zézinha que no calor da refrega só ouviu o palavrão, espetou-lhe um gancho com a esquerda que o fez recuar alguns metros, só parando quando se encostou ao Paulo Portas. Alto e pára o baile e cuidado com as mãozinhas pá, rosnou Corrêa, enquanto uma representante de Cinfães que se tinha ficado no filho da puta cuspiu no sempre cortês Simplício Guimarães quando Ribeiro Castro disse que aquilo não podia ficar assim assentando um sopapo ao Diogo, por ser feio de nome e condição. Este, assustado, deu um traque que se ouviu em todo o Largo do Caldas (re-baptizado Adelino Amaro da Costa, o qual e a propósito merecia algum respeito bem como Adriano Moreira ou Lucas Pires), chamando a atenção de dois polícias de giro que muito apropriadamente giravam pela Rua da Madalena apreciando as obras das fachadas que o Santana se tinha entretido a pintar durante dois anos pondo as gentes que por ali vivem e trabalham com os nervos em franja tal o desaranjo do trânsito. Os lídimos representantes da Lei & Ordem irromperam pela sede do partido e dispararam uma salva de 21 tiros de pólvora seca para poupar e ajudar o Teixeira dos Santos a controlar o défice, fazendo que todos sem excepção tremessem de cagaço e se agarrassem uns aos outros aos beijos e festinhas temendo o fim do mundo e o futuro castigo nas urnas. Dali seguiram todos para o Aljube que é sítio onde os políticos deviam estar encarcerados há um bom par de anos.
E foi mais ou menos isto meninos. Uma vergonha! Ainda para mais de gente que se diz ser bem nascida. Razão tem a D. Zézinha que diz que se estes sacanas não estivessem encostados aos partidos morreriam de fome. Ela sabe, ela sabe...

E assim mais uma vez confirmo a antiga crença que não há rapazes maus, simplesmente idiotas e mal comportados.
Um grande abraço a todos os orfãos da Direita portuguesa do vosso
Padre Américo

sexta-feira, 16 de março de 2007

O despudor de Fátima Felgueiras



Continuando nos vigaristas. Sobre estas últimas macacadas da Fátima Felgueiras nem sei o que dizer. Noto apenas que a mulher aparece bastante decotada no Tribunal. Há muitos anos, na Católica, havia uma loura meio desmiolada que também ia decotada para as orais. A ver se convencia o júri. Há pouco falei-lhe disso no messenger, «ó Cartuxa, olha lá, tu lembras-te...?» e tal. Ela lembrava-se. Até me enviou uma foto do dia em que fez Penal II com o Raposo de Magalhães. Passou com dez.

Palma Cavalão

O Sócrates recomenda



Faço minhas as palavras do Palma. Também acho o Sócrates um ditorzeco. Nunca se viu um Governo assim. Parece um bando de lulus amestrados. Bem faz o meu amigo Miguel Horta: caga no «Chefe» e escolhe outro prato.

Professor Palladium

Soares Franco: nada na manga



Assim como assim prefiro a franqueza do Soares Franco, do Sporting. Com ele, ao menos, nada na manga. A gente quer ver os números e ele mostra. Mais ou menos como outra amiga minha, a Carlota Freitas Dias, derivado de outro assunto. A parte chata é saber-se o ordenado do Bueno. E do Alecsandro.

Palma Cavalão

Nada a esconder (2)



Que se foda o Valentim. Bem fez a minha amiga socialista Françoise da Costa Grandella: largou a Câmara de Gondomar e foi viver para os Alpes Marítimos. Olha, arranjou uma casinha amorosa - com piscina e tudo - e tem a vida encarrilada. «Sabes Palma», dizia-me ela há dois dias no messenger, «só de pensar que podia ter levado um tareão como o Bexiga ou ter aparecido a boiar no Douro». E eu disse-lhe «ó filha, já que falas nisso manda lá a foto da piscina que a minha mulher não acredita».

Palma Cavalão

Valentim, nada a esconder



O palerma do Valentim quer julgamento na travisão. Eu sugiro a feira da Malveira, que é mais condizente com o perfil desse estronço barbudo e ruidoso. Grande aldrabão, este Valentim. 26 vezes apanhado com a bocarra na botija e continua a espernear. Faz-me lembrar uma trintona minha amiga que passa a vida a dizer que não tem nada a esconder. Só que ela, ao contrário do Valentim, tem um belo par de mamas para amostra.

Palma Cavalão

Maravilhas da Natureza (102) Victoria Silvsted







VICTORIA SILVSTEDT
Esquiadora. Candidata a Miss Mundo ( uma vez). Playmate. Comediante. Cantora
Victoria Abril Principal Malhoa Silvsted. Suécia. Skellefteå. 32 anos.

quinta-feira, 15 de março de 2007

Santa Comba



Acha este humilde servo do estado de Direito e de torto, dever evocar aqui essa vila injustiçada pela herança de um seu natural que a notabiliza mas que também a marginaliza. Parece até que Santa Comba não tem personalidade ou identidade. Tem sim, e bandeira e brasão, tem tudo Santa Comba Dão.

Haja respeito, foda-se!

Reaparecido e revitalizado,

Julio de Mattos

quarta-feira, 14 de março de 2007

Sir José Mourinho


Acabadinho de chegar a Londres vindo de Manchester onde Durão Barroso, um grande amante de futebol, foi anunciar a jogatana de celebração dos 50 anos do Tratado de Roma, acabei a tomar um chá ali para as bandas de Belgravia. Em boa hora, devo dizer, já que dei de caras com uma boa e velha amiga, a Elizabeth Alexandra. Claro está que, caídos nos braços um do outro, relembrámos os swingin' sixties, os charros em Carnaby Street, as mini-saias ( que ela amavelmente não usava) e aquelas merdas todas. A Beta ia adiantando que, apesar de tudo, o fim dos 70's é que é que tinham sido do caraças com o Sid (Vicious), o Ian (Dury) e aquela malta toda sempre a arregaçar, o Marquee Moon e o diabo a sete. Aqui chegados, a Beta, dona de fina ironia e com ar distraído, perguntou:

- Agora por sete ó Américo, lembras-te quando fomos a Vigo assistir ao treino do Celta com o Benfica? Também foram sete, hein?

Bom, não se pode mandar a Rainha de Inglaterra e restante Reino Unido, Canadá, Austrália, Nova Zelândia, Jamaica, Barbados, Baamas, Granada, Papua-Nova Guiné, Ilhas Salomão, Tuvalu, Santa Lucia, São Vicente e as Granadinas, Antigua e Barbuda, Belize e ainda de Saint Kitts e Nevis à merda e, assim, fiquei-me por um sorriso amarelecido.

- Deixa lá, isto só para te dizer que continuo a gostar de futebol e aqui há dois dias chegaram-me com muito atraso, sim que os correios daqui são uma porra, nada como os CTT do Nazaré..., alguns jornais desportivos como "A Bola" e a "Gazzetta dello Sport" e fiquei deveras espantada com esse rapaz tão simpático e educado que é o Josê Môrino. Não sabia nada que o rapaz tinha formação em medicina.
- What? perguntei no meu melhor Inglês.
- Sim, na "Gazetta" vem que o Môrino é um reputado neuro-patologista e que tinha conseguido descobrir um neurónio na cabeçorra do jaimie Pacheco, ainda que em mau funcionamento...
- But... interrompi para esclarecer a boa amiga.
- Nem but nem meio but - prosseguiu ela -, o homem é um génio, deve sair ao Egas Moniz, aquele vosso 1/2 Nobel, o da lobotomia. E, para além da esmerada educação, o talentoso rapazola é de uma simplicidade e humildade como já não se usa, olha que até finge falar um Inglês de segunda classe só para não lhe chamarem arrogante... Fica sabendo que já liguei para o Abramovich, esse honestíssimo russo ainda aparentado com os Romanov - daí o Roman como christian name ou nome próprio se preferes, esclareceu - e disse-lhe que ia fazer do José um "Sir", como o Ferguson do Manchester, ou o rabicheta do Elton John de quem não deve ficar atrás. O tipo merece, é um cavaieiro*.

Despedimo-nos até uma próxima e, ainda enjoado com a puta da ideia emborquei um 1/4 de Carveieius**, please.

De Heathrow enquanto uma simpática policewoman me espreita por debaixo da sotaina para evitar terrorismos vai um abraço saudoso do
Padre Américo

NT.:
* Cavalheiro
**Carvalhelhos

segunda-feira, 5 de março de 2007

Museu Salazar e a Esquerda atrapalhada...



Tem a sua graça esta coisa do Museu de Salazar (ou do Estado Novo) lá na aldeia onde o gajo nasceu. Quantos Portugueses sabem onde fica o Vimieiro? E, para facilitar, alargando o espectro, quantos conhecem Santa Comba Dão? É que de repente não parece que a Democracia corra grande risco por se criar tal museu. Perguntem ao insuportável Carrilho, insuspeito de qualquer simpatia com o antigo regime. Ele disse o que pensava enquanto Ministro da Cultura.

Desde 1974 que não há grupelho que não se junte em associação anti-fascista, democrática, anarco-sindicalista, de louvor ao 25 de Abril ou à República e respectiva bandalheira, de liberdade pela opção sexual, de aprofundamento de uma ideologia desde que de extrema esquerda ou de amizade com Cuba-Albânia-China-Coreia do Norte, dos cães de rua com e sem pulgas ou de outra merda qualquer, desde que os objectivos passem por jogatanas de sueca, cantilenas de intervenção desafinadas e uns comes e bebes mais ou menos gordurosos. Mas não nos cabe discutir os gostos de cada um e se a maralha anda entretida, deixá-los lá. De onde vem o dinheirinho para pagar tais folguedos é que seria bom saber-se...

A ideia de utilizar o casebre onde nasceu Oliveira Salazar - que não é outra coisa se comparado com os edifícios da Fundação Mário Soares, da Biblioteca Museu República e Resistência, a maçonaria paga com dinheiros públicos, ou com a sede da Associação de Bebedolas 25 de Abril, ali na Rua da Misericórdia - como museu levanta os letárgicos "democratas" como se o homem renascesse para os atormentar nos seus esquemas pouco claros ou, pior ainda, que viesse por aí abaixo de varapau em riste e os obrigasse a trabalhar.

Bem sei que a Joana Amaral Dias e a insignificante Ana Drago opinam em sentido contrário á abertura do museu seguindo uma ortodoxa linha leninista, trotsquista, estalinista, maoísta, enfim, uma linha totalitária da qual o próprio Salazar não discordaria, e que se reescreva a História mais a seu jeito e que tudo o que não seja da cor seja simplesmente apagado, mas o que querem?
Eu, com boa vontade e singeleza, aconselhava esses dois pilares da luta-antifascista (a propósito, já eram nascidas no 25 de Abril, o de 1974?) a deixarem que o tal museu possa existir, até como espanta-fantasmas. É que é proibido proibir, sabiam as meninas?
Olhe cara Joana, deixe lá os conhaques do Bairro Alto e vá lavar o cabelo que bem precisa, sua carinha laroca. E quanto a si, Ana Drago, não desperdice o furor uterino em coisa de segunda ordem e não se leve tão a sério, até porque não tem tamanho.

Ex toto corde
O Preto da Casa Africana