segunda-feira, 20 de novembro de 2006

Roger, cavalheiro Europeu




Não consigo imaginar um atleta tão completo como o suíço Roger Federer. Depois de o ver esmagar tranquilamente James Blake na final do Masters em Shangai, nenhuma dúvida sobre o lugar que lhe está reservado na história do ténis. Será o maior de sempre. Muito acima dos outros.

E depois, nada no jogo de Federer é forçado. É um talento natural que desanca a concorrência com um cavalheirismo impossível de não aplaudir. O Sampras, ao pé dele, não passa de um lamechas. Lembram-se dele? O Sampras jogava sempre em «sofrimento» por alguém, ou era o avô, ou era o pai, ou era o tio, ou era o treinador, ou era o primo, safa, tinha de haver alguém «in pain» para ele dedicar o esforço -- quantas vezes o homem gemia, cambaleava, vomitava, cambaleava, voltava e lá ganhava como «heroe» sofrido tão ao gosto americano. Piroso até dizer chega. Só tenho pena que o Agassi [esse, sim, um «natural»] não lhe tenha dado mais na corneta.

Federer não precisa de teatradas. Como um verdadeiro cavalheiro europeu, esmaga a sorrir e deixa um rasto de classe genuína por onde passa. Bravo Roger, que viva a Suíça!

Barão de Lacerda

9 comentários:

Anónimo disse...

Completamente de acordo na análise que faz ao grande Roger Federer. Assisti, nos grandes palcos (US Open, Wimbledon, Roland Garros) ao "nascimento", crescimento e glória do jovem tenista suíço. Lembro-me particularmente da primeira vez que venceu Wimbledon. E emocionei-me quase tanto como ele - Federer na relvado e eu na bancada. O moço, tão frio no jogo, ficou lavado em lágrimas e com a voz travada pela emoção, quando lhe deram o troféu e pediram que dissesse algumas palavras. Uma simpatia e sem se dar ares de vedeta. Um (aparente) frio suíço, mas tão emotivo como um latino.

Anónimo disse...

Torço para que ele ganhe Roland Garros e pulverize todos os records (é do naipe do Schumacher)

individualidades disse...

muita verdade, nao ha muitos como o Federer, sempre naquele jeito inconfundivel de charme pouco esforçado e de carreira pouco forçada. É bom ver tenistas como ele...inspiram sempre pequenos aspirantes! Valeu a pena também o ultimo duelo entre Nadal, de jeito pouco afinado...mas ainda assim de estilo europeu, nao vale a pena!

Ana

Anónimo disse...

Sem duvida! Roger Federer está acima de Rod Laver (que era genial) e muito acima de Sampras (que era muito bom).
Federer toca a perfeição como nenhum outro antes dele. É um fenómeno e vai pulverizar todos os recordes. Com um sorriso.
Este suíço pertence a uma classe aparte: os supercampeões hegemónicos. Cito Schumacher, Tiger Woods, Jack Nicklaus, Eddy Merckx, Pelé, Carl Lewis, Mark Spitz, Steffi Graff, Ceulemans (o grande bilharista), Michael, Jordan, Valentino Rossi e Edwin Moses, entre outros (não são muitos mais)

Anónimo disse...

Estimado Barão:

É FEDERER, claramente.
Depois dele:

Rod Laver
Bjorn Borg
Pete Sampras
Ivan Lendl
Andre Agassi
Jimmy Connors e McEnroe
Stefan Edberg e Becker

Cumprimentos

O Restaurador Olex disse...

Já estou enervado com o Alzheimer (outro grande do Lawn Tennis): Já ninguém se lembra do Arthur Ash?

Padre Américo

Anónimo disse...

Artur Ashe -- ASHE! -- caro padre Américo. Benza-o Deus! (e o Ashe também, que era rabeta)

O Restaurador Olex disse...

Ó amigo Ressano Garcia
Ash, Axe, Haxe, Arre!
Com toda a certeza perdoará a inadvertida e inadmíssivel apócope causada pela merda de teclado que a paróquia me disponibiliza ou, mais possivelmente, derivada da apocamnose que se vai fazendo sentir. Longas noites de oração é o que é. Mas o amigo, atento, deu pela coisa e ainda acrescentou algo aos meus parcos conhecimentos... Isso do Artie ser rabeta é inside information?
Considere-se cumprimentado
Padre Américo

Anónimo disse...

Está perdoada a apócope sr. Padre.
O Artur Ashe era de passing shot no traseiro, se me permite a expressão. Penso que é assunto do conhecimento geral. Nada do outro mundo, mas na altura houve quem torcesse o nariz.