quinta-feira, 29 de março de 2007

Ainda a Ota (a dar bOta...)

Eis-me regressado após uma longa e arriscada comissão na boa e velha África nossa, mas ainda com tempo para uns tiros às alimárias autóctones com a soldadesca para as bandas da Rodésia, da Swazilândia e do Tanganica.
Eis-me pois de volta ao torrão pátrio e logo para dar de caras com a questão do novo aeroporto, coisa elevada, por certo, mas que me trouxe à memória tempos idos. Fui consultar os álbuns de recortes, missivas e apontamentos antigos e não é que no item O, de Ota e quejandos, encontrei muitas e variegadas referências a nomes sonantes dos tempos de Bad Münstereifel e de Alenquer. Tirei-me de cuidados e telefonei para o Morais e Cunha. Este velho camarada de armas disse-me logo: "Ó Mabor, aquilo eram terrenos que o Teófilo ganhava em tribunal à maltinha que, por avarias várias, se metia em encrencas. O tipo como era advogado, zás!!, filava aquilo em três tempos..." O Teófilo?, disse-lhe eu. "Sim, esse mesmo, meu velho!", asseverou o Cunha, que acrescentou: "Pois, bom Mabor, aquilo depois passou para as mãos dos outros compagnons de route, como se sabe".

Bom, a coisa esclarecia-se. Não contente e movido pela inquietação, telefonei para um velho amigo do Colégio Militar, o Andrada, hoje bem instalado na vida, administrador num private bank que me tranquilizou: "Olha Mabor, não te rales que não corres riscos de ventos laterais ao aterrar na Ota. Aquilo vai ser assim: o estado compra os terrenos a quem os tem, paga-os e depois chega à conclusão que construir ali aeroporto dá bOta..., percebes? Bom, quando vamos ao Grémio para tomar um malte e comer uma perdiz, meu velho?". Lá iremos, bom Andrada, lá iremos, disse-lhe.

do vosso
Mabor, General de Cavaleria

2 comentários:

O Restaurador Olex disse...

Caro General Mabor
Ora ainda bem que regressa são e salvo de mais uma missão, decerto bem sucedida, por terras africanas.
Umas cartuchadas é o que por cá faz falta, não concorda?

Do seu amigo

O Preto da Casa Africana

O Restaurador Olex disse...

Ó carissimo Mabor!

Faço minhas as palavras do Preto da Casa Africana: é bom tê-lo de volta a espingardar, isto anda tudo muito morto. Chegue-lhe homem!

Regresso em breve

Do seu Amigo

Barão de Lacerda