quarta-feira, 27 de dezembro de 2006

Maravilhas da Natureza (68) Juliette Binoche





JULIETTE BINOCHE. Actriz francesíssima. Loulou c'est moi.
Juliette Lulu Pupupu Anaïs Cacharel Binoche. França. Paris, ah Paris!. 42 anos.

Nota: Há uma constante concreta e definida [como diria o Gedeão] na carreira desta grande actriz francesa: a dificuldade em manter o corpinho tapado. Não importa o argumento, não importa o realizador, não importa se faz sentido ou não: a nossa Juliette tem mesmo de aparecer nua. Tem mesmo. De frente, de lado, de cócoras, de costas, na penumbra, no chão, en passant, não há filme com a Juliette em que não tenhamos pelo menos um vislumbre, vá, um apontamento da nossa Juliette assim como ela veio ao mundo - com mais uns 15 anos em cima, bem entendido.
De certa forma, Juliette representa todas as Loulous [ler: Lulus] que vivem em Paris à mercê de velhos pervertidos como François Miterrand.
Ela é a cara chapada do mito Loulou: espécie de ninfeta-mulher coquette, libidinosa, ambígua e falsamente ingénua; como Loulou, a nossa Juliette tem todo o ar de cirandar nua pela casa como se não tivesse outra opção - o roupãozinho, por exemplo. François Miterrand, na fase terminal da sua obscura existência, tomou-se de amores pela Binoche. O velho ratola espiava-a em lugares públicos e chegou a mandar serviçais investigarem pormenores da sua vida privada. Miterrand morreu, felizmente para as Loulous parisienses [e para o Mundo em geral - perdeu-se um mentiroso; c'est tout], e já não foi a tempo de ver a nossa Juliette cortejada - e outras coisas terminadas em ada e ida - por um cavalheiro à séria: o diplomata britânico Jeremy Irons. França, 0-Inglaterra, 1.


Professor Palladium

1 comentário:

Anónimo disse...

Binoche rima com... medalhão de peito. Os tais que ninguém os faz, mas aparecem feitos...