segunda-feira, 18 de dezembro de 2006

Maravilhas da Natureza (60) Hugh Laurie




DR. HUGH LAURIE. Actor. Escritor. Médico.
Hugh Gregory Virgolino Lardosa Tavares Laurie. Inglaterra. Oxford. 47 anos.

Nota: O dr. Hugh Laurie - a.k.a dr. House - exerce no Priceton-Planisboro Teaching Hospital de New Jersey. É vivaço, impaciente e sarcástico. Durante dois anos exerceu no hospital de S. José, em Lisboa, de onde foi transferido para New Jersey depois de agredir a pontapé um paciente [figura conhecida no meio literário e académico] que ele considerava particularmente «insuportável». No decurso dessa agressão o médico inglês lesionou-se na anca e ficou coxo. O RESTAURADOR teve acesso ao diário do dr. House e transcreve excertos do que ele anotou no dia do incidente.

«Eu mato este marmelo. Não se cala um segundo [...] Outra vez a falar de merdas sem interesse nenhum [....] lá está ele com francesises e paneleirices. Que toleirão! Aquela vozinha de falsete dá comigo em doido [...] Continua a insistir na retenção e eu mantenho o diagnóstico: halitose e flatulência [...] diz que quer uma segunda opinião e eu digo-lhe: és mesmo estúpido – és mesmo estúpido. O pateta ri-se e cacareja: ‘touché!’ e volta às lengalengas do costume. Que homenzinho insuportável [...] Injectei-lhe outra vez nestum com mel na veia, mas nada. Nada lhe faz efeito. O cabranete nem dá por ela, continua a cirandar e a achagar as enfermeiras [...] há bocado estava a insistir com a Teresinha e a Eugénia se elas usavam cuecas e não sei quê. Velho porco [...] Enfiei-lhe 65cc de ajax limpa-vidros pela goela abaixo e borrou-se como um boi [...] Que cheirete, o homem tem dois gatos mortos na barriga desde 1977 [...] Outra vez na palheta com as enfermeiras. Diz coisas porquíssimas com o ar mais inocente deste mundo. Eu já lhe digo [....] Meti-lhe 10cc de água-rás. Nada [...] Experimentei 25cc de soflan com margarina vaqueiro derretida e começou a arrotar como um javali [...] este canastrão resiste a tudo [...] chegou o amigo dele, o carralho ou lá o que é. Puta de vida a minha. [...] lá estão eles com francesises, pu-pu-pu, tâ-tâ-tâ, lu-lu-lu, bâ-bâ-bâ. Falam do rivoli, do bernardo não sei quê, do zé reis[...] Aquelas vozinhas. Não aguento mais isto. Decidi: vou bater-lhe [...]
Bati-lhe. Duas xanatadas na tromba. Arrotou e começou aos gritos, a dizer que ia escrever isto e aquilo e não sei quê. O outro guinchava que eu era a vergonha de não sei quê e o caralho. Tomei balanço e atirei-lhe um pontapé à pança. Falhei e o gajos começaram a rir e fazer pouco: «ao lado!!! rente ao poste!!!». Porra. À segunda acertei-lhe em cheio e o gajo até voou, um chinfrim de arrotos e traques... mas caí mal e aleijei-me [...] Catano, parece que fodi uma pata com esta brincadeira [...] liguei ao Jorge Mendes, diz que trata da transferência.


Professor Palladium

3 comentários:

Anónimo disse...

miguel horta said...
A arrotar como um javali? Literato e académico? Francesices? Faz-me lembrar um que para aí anda armado em importantão: Monsieur Almondégà, a.k.a. o Parvo do Coelho... Touché?

Anónimo disse...

Parvo Coelho?
Manel Carralho?

Anónimo disse...

HE HE HE HE HE EXCELENTE!!! É mesmo o professor Coelho e a amiga.