quinta-feira, 14 de dezembro de 2006

Foi-se o cabrão, impune



Hoje ao jantar, no Staré Mesto, falou-se de Pinochet. Quase me esquecia que esse grande cabrão se tinha finado sem malhar com os ossos no Tribunal. Escapou-se definitivamente à Justiça, o pulha. E se ele merecia uma bordoada. Sempre me irritaram os comentários piedosos sobre a velhice e a doença do sinistro animal. Piedade e misericórdia foi precisamente o que ele não teve dos milhares de desgraçados que mandou torturar e chacinar. Cabrão. Sabem o que a soldadesca dele fez ao Jara? Esmagaram-lhe as duas mãos à coronhada [«agora toca!»] e depois enfiaram-lhe um tiraço na cabeça. Nunca mais cantou, claro. Não que a música dele fosse grande coisa, mas não se faz. Mal soube que o Pinochet se tinha ido, descansadinho da vida, só pensei nas vítimas, nas famílias das vítimas e nos descendentes das vítimas. Toda a minha simpatia para eles. Para o sr. Augusto, um desejo nada cristão: que sofra no Inferno todos os tormentos a que escapou em vida. E que seja diariamente sodomizado por várias réplicas cabeludas do Jara no calabouço que Belzebu lhe destinou. Ao som de musiquetas de intervenção.
É ordinário? É. Mas ele merece. Assassino. Pulha. Chileno dum cabrão.

Barão de Lacerda

4 comentários:

O Restaurador Olex disse...

Caro Barão
Que o Augusto era levado da breca, isso era. E alrabãozeco também. Quer ver? Então não se dizia Católico?
Mas enfim, a justiça dos homens é a que se sabe e vai ver, na morte que se aproxima com a sua afiada foice mas sem o marxista martelo desse outro cabrão de merda que é o Fidel, se os que agora bailaram e cantaram (espera-se que não as merdas do Victor Jara, isso seria demais!) não hão-de andar a choramingar pelas esquinas e a tecerem grandes loas a esse filho de puta da pior espécie cubano. Afinal, o Castro "limpou", perseguiu e torturou mais gente que o Pinochet e por tal merece castigo e rápido.
Olhe Barão, que Deus nas Sua infinita misericórdia, se lhes apiede das almas. Isto se as encontrar.
Do seu colega de confessionário cibernético
Padre Américo

Anónimo disse...

Sim, de facto esmagar as mãos ao Jara, foi foleiro... bastava o tiro. Mas também se compreende: a soldadesca estava farta de ouvir cantar as mesmas merdas do costume e,ainda por cima, mal...

Anónimo disse...

Porra, barão. Se o gajo ressuscitasse e lesse o que escreveu sobre ele neste post, o bicho morria de novo. O que não era nada mau.
No eterno seria bem feito que de um lado o Vítor Jara lhe zurzisse os ouvidos e no outro uma grafonola debitasse os velhos discos do Joselito.

Anónimo disse...

Bravo, Barão! Foi directo ao assunto.