Bem sei que o nosso frequentador habitual é pessoa para nos mandar internar ou com a sua imensa tolerância, pensar que não passa de inocente heresia, afirmar que o Sócrates é dado a a uma boa laracha. Mas o gajo tem piada - basta atentar no seu nariz - e só não é novidade para quem o topa á légua.
A notícia é requentada e difícil de engolir, passe-se a expressão. O vaidosão Sócrates, anunciava todo empertigado, uma cimeira União Europeia (ele, a gozar com os pirosos seus súbditos no Governo, ia dizendo "UE") - África sustentada por dois pilares fundamentais: a emigração e o desenvolvimento. Até aqui nada de novo e muito menos de extraordinário ( é sabido por tão notório que o bimbo do Zé é dado a dizer trivialidades como poucos conseguem). Mas eis que surge, vinda do breu e do PREC, a terrível coisa que é a memória, ajudada por recortes de jornal e merdas semelhantes.
Portugal, que á conta desta súcia, desta como da outra anterior e da outra anterior á anterior e da outra antes dessa e antes dessa a anterior e da precedente á anterior e a..., deixou merecidamente de ter o peso em África que se apregoa - quanto mais não seja por ausência de estratégia nacional e pelo eterno temor esquerdóide de ser visto como neo-colonialista ou ainda para não se destaparem algumas maroscas, vem agora pela voz do foleiroso transmontano, a meias com o Durão Barroso, anunciar o interesse da Europa em solucionar os problemas últimos de África, convidando para o festim o soba Mugabe entre outros canibais.
Tudo isto pouco tempo depois de largarmos Cahora Bassa sem brio, sem honra e sem dinheiro. Quer dizer, dinheiro houve, se é que já começou a entrar nos desfalcados cofres da gasta Pátria..., mas menos, muito menos que o valor real da HCB e não é fácil acreditar que não tenha escorrido algum por fora do dique para alguns bolsos menos escrupulosos para o negócio, a negociata, se concretizar. Como sempre, aliás.
Bom, sem mais devaneios aqui vai a prova que o Sócrates é dado á pilhéria e o modo como alguns olham para ele*...
Ou, numa versão mais brejeira, como ele se põe a jeito....
Ex toto corde
O Preto da Casa Africana
* Recorte de um pasquim de Maputo, o "Zambeze", superiormente dirigido por Salomão Moyana, geralmente muito bem recebido em Portugal. Merece, sem dúvida.