terça-feira, 6 de fevereiro de 2007

O aborto do Sócrates


O título do "post" pode levar os mal-intencionados a pensar que no "Restaurador" estamos a rotular o Exmo. Senhor 1ºministro, José Sócrates Pinto de Sousa de aborto. Não é o caso.

Acabadinho de chegar da China, o Pinto de Sousa, ainda por passar a ferro e com ar estafado, apressou-se a defender a aprovação em referendo da liberalização do aborto. Até aqui, nenhuma admiração. No entanto, o sempre palavroso Sr. Sousa tem, por vezes e em muito mais ocasiões do que o alto cargo que ocupa lhe permite, problemas conceptuais com a utilização da língua (mátria). Ou não e as bacoradas são efeito do jet-lag e, sendo assim, está esquecido o que se segue.

Atira o Sr. Pinto de Sousa, irritadiço como sempre e á rasca como raramente, que a mulher ao ver chegada a hora de decidir se interrompe ou não a gravidez é colocada perante sofrido dilema (as palavras não são, obviamente, dele). Grande novidade, não? Pior é quando a teimosa luminária afirma saber bem o que é enfrentar esse dilema!

Ora nem nós, apesar da inclinação reverente perante esse farol da sabedoria que é Sócrates, na nossa imensa capacidade mimética e na maior tentativa de compreensão intelectual possível desse momento - que acreditamos duro e difícil como a barba do Damas em anúncio dos anos televisivo dos anos 70 - nos atrevemos a metade disso e daí surgirem interrogações legítimas, profundas e extraordinárias:

Será o Sócrates provido de útero e, nesse caso, será ele uma mulher?
E em caso afirmativo, porventura terá ele (ela?) engravidado?

Despeço-me com o sentido aprofundado que não há rapazes maus, só cabotinos.

Padre Américo

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