Salazar e Mário Soares
Os Piores Portugueses de Sempre, eleição promovida pelo Inimigo Público/Eixo do Mal. Já são conhecidos os dez finalistas relativamente à pergunta «Que político/personalidade mais contribuiu para a ruína do nosso país?». Mário Soares é o mais votado (32,16%), à frente de Salazar (24,61%) e Guterres (10,17%). Cunhal é quinto (4,96%). Parece-me uma profunda injustiça pretender que Soares foi mais vilão que Salazar e Cunhal. Para começar, Soares não foi vilão: bateu-se pela Liberdade contra a ditadura salazarista e contra o comunismo estalinista de Cunhal. Ganhou. Soares foi sempre um democrata e um humanista; homem culto, esteta, «bon vivant», sedutor; também intriguista, colérico e vingativo. Terá duas nódoas inapagáveis no percurso: a Descolonização e João Soares, mas lembrem-se quem é que teve os TOMATES NO SÍTIO quando foi preciso travar a arremetida da besta comunista no Verão Quente. Foi o Mário. Chegou-se à frente, disse NÃO! e partiu os incisivos ao dr. Cunhal. Com estrondo.
Não é pouco!
Barão de Lacerda
3 comentários:
Exmos. senhores do blogue acima
A gente prefere aqueles empresários nigerianos que oferecem 600 milhões de contos só por não sei quê e tal.
Adeus.
Caro Barão
Quanto a vilanias e vilões, deixe-me só refrescar-lhe a tal memória, que é realmente curta:
Basta o papel que Mários Soares teve na "descolonização exemplar" para ser imediatamente vencedor! Não?
- 1 milhão de Portugueses vieram das Colónias com uma mão á frente e com a outra atrás. Não se lembra? É natural.
- As guerras civis que destruiram as tais Colónias, mataram milhões de pessoas e deixaram esses territórios em estado mais que deplorável foram resultados da obra do grande sacana que é o Soares. Lembra-se que Moçambique, até 74 florescente, passou rapidamente a país mais pobre do Planeta?
Não vale o habitual argumento absurdo dos doentinhos de Esquerda que é preferível morrer á fome e com doenças (veja-se o regresso em força da malária em são Tomé, onde a doença estava erradicada) do que viver oprimido.
Quanto ao bater-se pela Liberdade, isso Soares fez e bem. Sobretudo no seu exílio dourado em Paris.
Lembre-se Barão, lembre-se.
Estimado C. Gulbenkian,
Mário Soares não esteve sozinho e não foi o único responsável pela desgraçada Descolonização: lembre-se de Almeida Santos, Rosa Coutinho e de toda a camarilha comunista ansiosa por entregar de bandeja as colónias africanas aos patrões soviéticos.
De resto, parece-me que Salazar, com a sua teimosia provinciana e falta de visão estratégica, foi o principal responsável pelo triste destino das antigas colónias.
Tivesse ele, em devido tempo e como as circunstâncias impunham, procedido a uma descolonização «soft» e civilizada, e se calhar hoje faríamos parte de um próspero Commonwealth lusófono.
Mas não: teimou numa guerra longa e estúpida com os resultados que se conhecem. O mal já vinha de trás, caro Gulbenkian, muito de trás. Puxe pela memória e lembre-se como e porque nasceu o movimento dos Capitães de Abril...
Estimações e um abraço nesses ossos,
Barão de Lacerda
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